Gestão do Estresse

O que é a gestão do estresse?

O gerenciamento do estresse abrange técnicas psicoterápicas destinadas a ensinar ao paciente a lidar com o estresse. Esta modalidade é importante porque, dependendo da fase de estresse que a pessoa está, os sintomas podem comprometer consideravelmente a saúde e o bem-estar.

Considerado o grande mal deste século, o estresse crônico provoca mudanças emocionais, comportamentais e até mesmo físicas na vida das pessoas. Sabemos que, de uma forma ou de outra, o estresse não é evitável, mas pode sim ser administrável. Sendo assim, é importante saber lidar com a reação de estresse.

Por meio de diversas técnicas, além de diagnosticar e tratar os sintomas do estresse atual, o paciente é orientado a alcançar níveis aceitáveis de estresse no futuro, melhorando a qualidade de vida como um todo.

Como é feito o tratamento para gestão do estresse?

O principal objetivo do gerenciamento do estresse é ajudar o paciente a identificar as possíveis causas do estresse para aprender a gerenciá-lo melhor. Após esta análise, algumas das técnicas ensinadas para o gerenciamento de estresse incluem:

  • Autoconhecimento para, por exemplo, estabelecer limites e definir prioridades e prazos mais adequados;
  • Gerenciamento do tempo, lidar com as emoções e crenças;
  • Ferramentas para possíveis resoluções de conflitos;
  • Exercícios de respiração e relaxamento;
  • Mindfulness ou atenção plena.

A ideia central é que a pessoa possa utilizar estas técnicas no dia a dia, conseguindo reduzir os sintomas de estresse para, efetivamente, melhorar a sua saúde física e mental.

Quantas sessões são necessárias?

O número de sessões para o gerenciamento do estresse varia de pessoa para pessoa, não tendo uma quantidade exata necessária definida.

Identificando as fontes de estresse

Para garantir a eficácia das intervenções, o primeiro passo é identificar as fontes de estresse. Uma das principais maneiras de conseguir isso é fazer uma lista das situações, preocupações ou desafios que você acredita estarem contribuindo para o estresse.

Lembrando que as fontes de estresse podem ser externas ou internas, tais como:

  • Mudanças da vida: casamento, gravidez, separação, morte, mudanças gerais;
  • Ambientais: barulhos, iluminação, disposição dos móveis;
  • Demandas de trabalho excessivas;
  • Social: ter que se relacionar com certas pessoas pode ser um fator de estresse também;
  • Emoções como medo e raiva;
  • Crenças irracionais;
  • Comportamentos inadequados.

 Registrando o nível de estresse

Quem está buscando gerenciar o estresse pode ter um diário de anotações para registrar o nível diante das principais situações estressantes, pontuando de 0 a 10. Para isso, toda vez com que se sentir estressado, o cliente é orientado a registrar a situação, como ele está sentindo fisicamente e emocionalmente, bem como a própria reação diante daquele momento.

Com base nestes registros é possível identificar os padrões e o nível de estresse durante os principais acontecimentos, resultando em melhores estratégias para lidar com o estresse.

Por que é importante gerenciar o estresse?

O estresse é uma resposta de adaptação do organismo frente a situações de desafio, de ameaça real ou imaginária. Portanto, ele é positivo. O problema é quando ele se torna crônico e, desta forma, coloca a saúde em risco, podendo resultar em:

  • Tensão muscular;
  • Problemas estomacais;
  • Irritabilidade excessiva;
  • Ansiedade;
  • Alteração do sono;
  • Cansaço e fadiga;
  • Baixo rendimento no trabalho;
  • Sentimento de desesperança.

Gerenciando o estresse no ambiente de trabalho

A Organização Mundial da Saúde já alertou que a pressão diária no trabalho pode levar a síndrome de Burnout. Prazos curtos, carga horária excessiva, chefes sem preparo para liderar e ambiente ostensivo são apenas alguns exemplos da pressão que muitas pessoas sofrem no ambiente de trabalho.

Cada vez mais as pessoas estão buscando maneiras de gerenciar o estresse, buscando ajuda para lidar com pressões e evitar outros problemas de saúde. Algumas dicas podem ajudar a aliviar os sinais do estresse nas corporações:

  • Saiba quais são os fatores potencialmente estressantes. Desta forma é possível conseguir se preparar antecipadamente para estes acontecimentos e se sentir mais confiante para lidar com eles, seja uma reunião, apresentação, tomada de decisões, etc;
  • Foque na sua respiração – ansiedade e estresse geram respiração ofegante;
  • Aceite o que você não pode mudar. Crie prioridades e não tente controlar o que não se pode. Aprender a se concentrar em tarefas de alta prioridade e deixar as de menos importância para depois é uma maneira de se envolver com aquilo que realmente importa;
  • Ocupe a mente com atividades produtivas para não embarcar em pensamentos negativos;
  • Não se cobre muito, evite o perfeccionismo;
  • Aprenda e treine técnicas de relaxamento e movimente seu corpo!

Quando reconhecer os sinais de gatilho do estresse, poderá aplicar ferramentas para ajudar a viver e seguir em direção ao que realmente importa!

Regina B. B. Montelli - Psicóloga
CRP/SP: 06/76971

Especialista em Medicina Comportamental - UNIFESP/EPM.

Advanced Certificate em Terapia Racional Emotiva e Comportamental - Albert Ellis Institute/ New York, USA.

Especialista em Gestão Emocional nas Organizações : Cultivating Emotional Balance (CEB) pelo Hospital Israelita Albert Einstein e certificada como Instrutora em CEB pelo Santa Barbara Institute da Califórnia.

Membro da Association for Contextual Behavioral Science (ACBS).

Núcleo de Stress - CRP: 06/652/J

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